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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Aconteceu no Maturi :: Grupo de Trabalhos Manuais

Com a participação de mães, professoras do Maturi e mulheres da comunidade do Alto Jardim Conquista. 
É um grupo aberto que tem como propósito desenvolver brinquedos e artesanias relacionadas com as épocas do ano (no momento, natal).
O próximo encontro acontecerá na próxima sexta-feira (28/10) das 14h às 16h.




quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"COMO FALAR COM CRIANÇAS" Tema Reunião Pedagógica 20.out.

Quanto menor é a criança, menos ela obedece ao adulto. Podemos dizer mil vezes a uma criança: “Faça isto, fique quieta, faça aquilo”, e é como se nada tivéssemos dito. A criança pequena não age porque nós mandamos, porque quer ser uma menina “boazinha”, mas de forma totalmente impulsiva, inconsciente. Conforme as forças formativas estão trabalhando em seu interior, num movimento rítmico, a criança age para fora, ora pulando, ora deitando no chão, ora junto pedrinhas no bolso e, na mesma hora, já despejando tudo no chão. “Não faça isso, filhinha!” “Pare de pular, Joãozinho!” os adultos gritam, muitas vezes irritados com essa atividade constante e com sua impotência em comandar os pequeninos como querem. O fato é que as crianças não têm capacidade de compreender o porquê do permitido e do proibido.

Mas, como é que nós podemos trazer ordem a esse caos? Que podemos fazer para que as crianças arrumem seus brinquedos, ou façam uma roda, ou entrem em casa depois de brincar lá fora? A palavra mágica é a “imitação”. Nada podemos conseguir com as crianças pequenas, principalmente com as menores de quatro anos, senão dando o exemplo, fazendo antes para que a criança possa nos imitar. Se eu pegar um pauzinho e colocá-lo na cesta, a criança que está a meu lado vai imitar esse gesto imediatamente. Seu eu ainda acompanhar esses gestos com músicas ou versos rítmicos, então a criança vai imitar-me com mais prazer. Na hora de arrumar todo dia eu canto:

Toquinhos nas cestas,
bonequinhas nas camas,
assim nós guardamos
os nossos brinquedos.

Os panos vermelhos,
azuis, amarelos,
com cuidado dobramos,
trala-la-la-lá.
Assim nossa sala,
que linda que está,
aguarda as crianças
amanhã para brincar.
Para formar a roda, cantamos:


Eu entrei na roda
para ver como se dança,
eu entrei na contradança,
mas não sei dançar.

Lá vai uma, lá vão duas,
lá vão três pela terceira,
lá se vai o meu amor
no vapor da cachoeira.

Sete e sete são catorze
e mais sete vinte e um,
tenho sete namorados
mas não gosto de nenhum.

Quando passeamos, formamos uma fila cantando:
O trem de ferro
que saiu de Pernambuco
vai fazendo chuco-chuco
com vontade de chegar.

Lá vai o homem
do baú das miudezas,
vai comprando bonitezas
para o meu amor levar.

Chuco-chuco, chuco-chuco... (bis)
E, assim, temos uma cantiguinha para tudo o que fazemos.

Com as crianças acima de três ou quatro anos, já podemos conversar de maneira diferente. Uma pequena parte daquela força formativa, que permeava por inteiro o corpo da criança antes dos três anos, libertou-se do físico e vive agora em sua alma, como fantasia infantil.

Nessa idade, de três a cinco anos, a criança brinca realmente, mas sem persistir muito tempo na mesma brincadeira. Seu brincar é leve, dançando, transformando tudo. Um pauzinho pode ser uma boneca que ela abraça carinhosamente; logo depois, já joga no chão porque viu outra coisa mais interessante: uma casca de coco que lhe serve de chapéu; ela é soldado e anda cantando, marchando pela sala. Quando tira o coco da cabeça, ela acha pedrinhas que põe em sua panelinha, para fazer comida para seus filhinhos, e assim por diante.

A fantasia da criança não conhece limites, pinta um quadro atrás do outro, conta uma história atrás da outra. Se quisermos conversar com uma criança desta idade, temos de entrar no seu mundo movimentado. E isso às vezes é muito difícil, pois nossa cabeça já está dura, não temos idéias. Perto da fantasia das crianças, nossas idéias parecem uma pedra cinzenta ao lado de uma borboleta. Mas, se quisermos trabalhar com crianças dessa idade, temos de pôr nossa cabeça em movimento, temos de desenvolver nossa fantasia. Os melhores professores para isso são as próprias crianças.

Por exemplo: um grupo de crianças montou uma gruta no meio de uma floresta, com galhos de árvores e pedras. No meio da floresta, as crianças puseram muitos bichinhos de madeira e, na vez de dizermos: “Crianças, vamos arrumar, está na hora!”, vamos falar assim: “Você, Pedro, é o pastor que leva todos os animais para o estábulo. Já está de noite, eles precisam ir embora para descansar. E os anões já trabalharam muito dentro da montanha, vamos levá-los para sua casa. Agora, temos que chamar um lenhador. Você, José, quer ser o lenhador que põe toda esta madeira no seu caminhão?” E assim, sem interromper a brincadeira das crianças, podemos levá-las a fazer aquilo que precisa ser feito para seguir o ritmo do dia, neste caso, arrumar.

Outro exemplo: todas as crianças estão sentadas numa roda no chão, ouvindo histórias, mas Carlos está fazendo caretas para um, beliscando o outro, rindo à toa. Dizemos então para ele: “Que macaquinho está aqui dentro da sala! Vá depressa até a porta e solte esse macaquinho, para ele poder pular lá na floresta. Aí você traz o Carlos, tá? Ele pode ficar aqui na roda, mas o macaquinho, não!” a gente vai então junto com o Carlos até a porta, manda o “macaco” para a floresta e volta para a roda com o Carlos. Temos de aprender a falar em imagens. Podemos aprender isto da nossa própria linguagem, se observarmos um pouco quantas imagens usamos inconscientemente:

“Ele deu com os burros n’água”,
“A vaca foi pro brejo”,
“Entrei pelo cano”,
“Dei um furo!”,
“Amigo da onça”,
“Fulana é uma estrela”,
“Cada macaco no seu galho”.

Outra fonte de imagens são os contos de fadas: eles não descrevem acontecimentos reais, mas são imagens que espelham o que se passa dentro da alma humana. O príncipe e a princesa, o lenhador, a madrastra, o caçador, o soldado são imagens para qualidades de nossa alma. Todas as pessoas têm dentro de si uma princesa, e todos conhecem também o dragão, aquela força escura, explosiva, descontrolada, inconsciente, que às vezes ameaça devorar a princesa, nosso ideal mais puro, mais íntimo. Também conhecemos o que significa perder-se na floresta e não achar o caminho de casa. As crianças compreendem estas imagens de uma forma direta. Elas vivem em imagens. Podemos, então, dizer para um menino que chuta, bate, esperneia descontroladamente: “Pedro, segure as rédeas, seu cavalo está disparando. Você precisa aprender a ser um bom cavaleiro”. Esta imagem vai tocá-lo muito mais profundamente do que se eu disser simplesmente: “Pare com isto! Bater é feio” etc.

Fonte:
IGNÁCIO, Renate Keller. Crianças Querida: o dia-a-dia das creches e jardim-de-infância. Associação Comunitária Monte Azul. Editora Antroposófica. 2ªªedição. 1995.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

AFAZERES CUMPRIDOS. obrigado queridos pais!

ü       Cavar rêgo em torno das paredes da escola
ü       Capinar arredores da Escola para facilitar caminhada

ü       Reparar o ralo do chuveiro

ü       Desentupir saída de água do chuveiro

ü       Limpar a caixa d'água

ü       Instalação de um novo balanço

                  ü       Trocar telhas quebradas